" (...) Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
Serei um pouco de nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade do meu andar
(Desde já tão longo andar!)
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade do meu andar
(Desde já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...(...)."
Iniciamos nossa homenagem à Porto Alegre com um trecho de um poema que é uma declaração de amor à cidade. Escolhemos estes versos do poema "O Mapa" de Mário Quintana (entre tantos outros, todos lindos) porque ele faz referência a passagem do tempo e a relação cotidiana que temos com Porto Alegre: cidade do nosso andar (para alguns, ainda curto andar; para outros, já um longo andar). Para a Cia.Carris, Porto Alegre é a cidade de um longo andar! São 143 anos de história compartilhada, nossa empresa cresceu junto com a cidade, realizando o transporte de seus cidadãos. Na data do aniversário de Porto Alegre não poderíamos deixar de homenageá-la!
Existem diferentes formas de demonstrar amor pelo local em que vivemos.Um amigo do nosso setor, o senhor Carlos Roberto Saraiva da Costa Leite, utilizou o seu ofício de historiador e escreveu um belo texto resgatando parte da história de nossa cidade. Ao final do seu texto Carlos Roberto conclui:
"(...) Ao passar dos anos, Porto Alegre
seguiu crescendo... Amada pelos gaúchos de todas as querências, ela se tornou
cosmopolita sem perder a referência de suas origens açorianas. Parabéns !! São 243 anos de hospitalidade que se
comemora, neste mês de março, na “56ª
Semana de Porto Alegre”, também, conhecida pelo epíteto
“Cidade Sorriso”. Como dizia o nosso
querido poeta Mário Quintana (1906-1994): "cidadezinha cheia de graça... (...)".
A seguir, transcrevemos na íntegra o texto de nosso amigo:
PORTO ALEGRE: MODERNIDADE E PROGRESSO NOS
PRIMEIROS TEMPOS DA REPÚBLICA
Carlos
Roberto Saraiva da Costa Leite*
O século 20 iniciou com a esperança de
renovação. A República proclamada, desde 15 novembro de 1889, trazia consigo a
promessa de “novos ares”, representado no dístico positivista de nossa
bandeira: “Ordem e Progresso”. Modernidade, industrialização e ciência eram
palavras da moda. Vivíamos novos tempos...
Os logradouros de Porto Alegre, que
homenageavam figuras ligadas ao Império, foram renomeados com personagens,
fatos ou datas referentes à implantação do novo regime. O historiador Francisco Riopardense de Macedo
(1921-2007), em sua “História de Porto
Alegre” (Ed. UFRGS/ 1993), pág. 80, descreve, embora sem apresentar suas
fontes, o que ocorreu naquela noite de novembro de 1889:
“O
povo saiu às ruas arrancando placas que evocavam o Império e substituindo-as
por novas representativas do novo regime e que a Junta Municipal nada mais fez
que homologar essa iniciativa, essa demonstração de apreço pelo novo regime”.
A Proclamação República, pelo
alagoano Deodoro da Fonseca
(1827-1892), por meio de um golpe militar, surpreendeu os porto-alegrenses,
principalmente os jovens republicanos que militavam nas páginas do jornal “A Federação” (1884-1937), Órgão Oficial
do Partido Republicano (PRR). A notícia de que, no Brasil, a monarquia havia
sido extinta, deu-se com a fixação de um telegrama no placar do jornal, às 17
horas, do dia 15 de novembro de 1889:
Governo Provisório, Rio, 15 de novembro.
“O povo, o Exército e a Armada vão instalar
um governo provisório que consultará a Nação sobre a convocação de uma
constituinte. Erguem-se aclamações gerais à República. Viva a liberdade! Viva a
República! Viva a Pátria Brasileira!”
Ainda que, na capital gaúcha, os conflitos
político-ideológicos ficassem restritos aos Cafés da época, em outras cidades,
a transição da Monarquia para a República, gerou um conflito armado, conhecido
como “Revolução Federalista” ou “Revolução da Degola” (1893-1895). De acordo com o
historiador Sérgio da Costa Franco, os pica-paus tinham predileção pelo Café Java, localizado em frente à Praça
da Alfândega, e os maragatos frequentavam o Café
América, defronte do Largo dos Medeiros.
Ao final deste embate, em 1895, o Partido
Republicano Rio-Grandense (PRR) se tornou hegemônico na, então, Assembleia dos
Representantes. Esse confronto fratricida, que dividiu o estado em pica-paus (lenço
branco) e maragatos (lenço vermelho), deixou o registro funesto de 10.000
mortes. Julio Prates de Castilhos (1860-1903), presidente do estado e líder do
Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), apeou do poder os maragatos, adeptos
do Partido Federalista (PF), liderados pelo político Gaspar Silveira Martins
(1835-1901), passando a orquestrar, com sua batuta, o destino político do
Estado, regido por uma Constituição de inspiração positivista (1891), escrita
por ele, que acirrou o ódio político da oposição.
Os ressentimentos foram aplacados somente depois da Revolução de 23,
quando, no ano de 1928, Getúlio Vargas (1882-1954) assumiu a presidência do
estado. Criando a FUG (Frente Única Gaúcha), ele uniu chimangos e maragatos,
tradicionais adversários políticos, em prol dos ideais revolucionários de 1930,
iniciando, desta forma, um novo período na história do Brasil: a “Era Vargas”.
O viajante alemão Schwartz Bernard que
visitou Porto Alegre, no início do século 20, considerou a cidade progressista,
aproximando-se do modelo europeu de urbanidade. O significativo crescimento
econômico e populacional de Porto Alegre ocorreu devido ao comércio do seu
porto e ao fluxo de imigrantes alemães e italianos, além de ex-escravos que,
após a abolição, migraram para a capital em busca de sobrevivência. De acordo com jornalista e escritor Roberto
Rossi Jung, no seu livro “O Príncipe
Negro”, na virada do século, em 1900, Porto Alegre tinha uma população de
73.274 “almas”.
Com o crescimento urbano, a capital gaúcha
dilatou seu perímetro urbano e empurrou para a periferia os segmentos mais
pobres, principalmente, de etnia negra que não tinham recursos econômicos, daí
se originando espaços como a Colônia Africana (Atual Bairro Rio Branco),
Ilhota, Areal da Baronesa e Mont’Serrat que se constituíram em locais de resistência cultural dos
afrodescendentes , principalmente no aspecto musical (o samba) e na tradição de
cultos de matriz africana. Não podemos
nos esquecer de que na Ilhota nasceu, em 16 de setembro de 1914, o "Rei da
Dor de Cotovelo", Lupicínio Rodrigues (1914 -1974), cujo centenário foi
comemorado em 2014.
Um fato curioso marcou o início do século
20 em nossa cidade: a presença de um príncipe africano oriundo do antigo Reino
de Daomé. Na Cidade Baixa, na Lopo Gonçalves, a partir de 1901, fixou moradia o
príncipe Custódio Joaquim de Almeida (1831? - 1935), figura ligada à nobreza
africana e babalorixá (sacerdote no culto africano), que criava cavalos de raça
e falava, fluentemente, inglês e francês, despertando a curiosidade e surpresa
à sociedade da época, que estava habituada com negro estigmatizado pela
escravidão e pobreza.
Segundo a tradição oral, em sua residência,
o príncipe Custódio vivia os requintes peculiares à nobreza e recebia importantes
figuras ligadas à política gaúcha, a exemplo de Julio Prates de Castilhos (1860
- 1903), Borges de Medeiros (1864 - 1961), Getúlio Vargas (1883 - 1954), entre
outras personalidades do mundo político.
O único documento oficial, que comprova a sua existência envolta em
mistério e dotada de poderes místicos, é seu atestado de óbito, registrado na
Santa Casa de Misericórdia, em 28 de maio de 1935, data em que faleceu com 104
anos de idade. Os principais jornais da época, como "A Federação" (1884-1937), "Diário de Notícias“ (1925-1979) e o Correio do Povo (1895) registraram a morte do príncipe de Ajudá,
destacando sua importância nobiliárquica, donde se conclui que o príncipe foi
figura notória na capital gaúcha.
A filosofia positivista, inspirada em
Augusto Comte (1798 - 1857), foi implantada no Rio Grande do Sul, por Julio
Prates de Castilhos (1860-1903), na forma de Ditadura Científica e seguida,
como um verdadeiro Alcorão, pelo seu sucessor Borges de Medeiros (1863-1961)
durante a República Velha (1889 -1930). De acordo com a proposta do ideário
positivista de ordem e progresso, a antiga Nossa Senhora Madre de Deus de Porto
Alegre se expandiu, cresceu e modificou sua paisagem provinciana.
A iluminação elétrica (1887), o telefone
(1886) o Cinema (1896), a criação das Faculdades de Engenharia (1896), Medicina
(1900), Direito (1900) e, também, o surgimento do automóvel (1906) e do bonde
elétrico (1908) são algumas das novidades vivenciadas, pelos porto-alegrenses,
no final do século 19 e no primeiro decênio do século 20.
O jornalista e escritor Achyles Porto
Alegre, em seu livro “Através do Passado”,
pp 45-6, narra as transformações do
dia-a- dia da urbe de maneira quase poética, como registra este trecho de uma
das suas crônicas:
“Ao invés da iluminação azeite de peixe – a luz elétrica, ao invés da
maxambomba, que não matava ninguém – o elétrico e o auto, que como epidemia,
estão sempre fazendo vítimas – eis o que o progresso nos trouxe. É doloroso – mas é bonito. Não temos mais
frades de pau à porta de casa, nem, de pedra às esquinas. Temos postes
telefônicos e de luz elétrica, que nos trazem a casa, de longe, num relâmpago,
a palavra e a luz”
O final do século 19 trouxe novidades no
campo das artes, no vestuário ou no modo de desfrutar a existência, valorizando
o lazer noturno. Festejando a chegada do
Ano Novo, o Porto Alegrense deslumbrou-se ao ver, na chaminé da Fiat Lux, o
letreiro “Salve o século XX ” se
iluminar com a eletricidade. Iniciava na cidade o esboço da moderna noite
cosmopolita, vivenciada pelo porto alegrense que adentrava o século 20. Quando
se acenderam as lâmpadas elétricas nas ruas, já havia os hábitos noturnos que
se expandiram na proporção que a cidade se iluminava, tornando mais seguros os
percursos. Assim, Porto Alegre conquistou de forma definitiva o tempo noturno
na belle époque dos gaúchos.
Apesar das campanhas moralizantes e da
presença da repressão policial, o lazer noturno continuou a crescer. O
porto–alegrense seguiu se divertindo pelos botequins, quiosques, e bailes
populares. O público de gosto mais apurado frequentava as soirées da Sociedade
Esmeralda, da Germânia ou da Vittorio Emanuelle, além dos banquetes no Grande
Hotel e no Clube do Comércio.
Na área da educação, durante os primeiros
anos do século 20, além da criação de faculdades, surgiram tradicionais estabelecimentos
de ensino, como Sevigné (1900), Rosário (1904), Bom Conselho (1905), Parobé
(1906) e Nossa Srª das Dores (1908).
A ideia de modernidade, de acordo com o ideário positivista da elite
gaúcha, era refletida pelo incentivo dado à implantação de indústrias. Nesse
contexto surgiram, em Porto Alegre, nossas primeiras empresas: a Neugebauer
(1891), Gerdau (1901) e a Wallig (1904). Em 1909, começaram os aterros para
construção do nosso Cais do Porto, ruas e avenidas. Nesse período, alguns
bairros já tinham iluminação elétrica e paulatinamente se desativaram os
combustores a gás no centro da cidade.
No início do século 20, o porto-alegrense
assistiu ao surgimento de duas grandes potências do nosso futebol: O Grêmio
(1903) e o Internacional (1909), a eterna dupla Gre-Nal. No dia 18 de julho de
1909, no campo da Baixada, ocorreu o primeiro Grenal da história do futebol
gaúcho. O resultado foi a vitória do Grêmio com o placar de 10 x 0. O termo
Gre-Nal foi criado, em 1926, pelo jornalista e gremista Ivo dos Santos Martins,
enquanto rabiscava em uma mesa do Café Colombo em Porto Alegre. Na cidade de Rio Grande, ao adentrar o século
20, em 19 de julho de 1900, fundou-se o primeiro clube de futebol do Rio Grande
do Sul: o Sport Clube Rio Grande, sob a liderança do alemão Johannes Christian
Moritz Minnermann.
Uma característica marcante da nossa cidade
é o legado da doutrina positivista, já citada no texto, que se faz presente na
arquitetura e estatuária. Nesse período, surgiram imponentes construções, a
exemplo da antiga Intendência (Prefeitura Municipal). O prédio foi construído
sob a responsabilidade do engenheiro veneziano Carrara Colfosco.
Naquele momento, em 1901, a construção de
imponentes prédios simbolizava o poder e a consolidação do Partido Republicano
Rio-Grandense (PRR) e seu ideal positivista. No prédio da Intendência
(prefeitura), despachou, por mais de 20 anos, o primeiro Intendente (prefeito)
eleito por voto direto José Montaury de Aguiar Leitão (1858 - 1939). Nessa
época, o voto não era secreto e as mulheres eram excluídas do processo de
eleição. O ideal de modernidade na capital gaúcha se refletiu, na gestão de
José Montaury, por meio da ampliação da rede elétrica, da rede hidráulica e das
linhas de bonde.
Transcorria o ano de 1908, quando chegou a Porto Alegre o arquiteto
alemão Theo Wiederspahn (1878-1952) num momento que a economia crescia e nosso
Estado era considerado o terceiro mais importante do Brasil. Com o apoio das
classes dominantes, Theo Wiederspahn (1878-1952) foi o responsável por inúmeras
construções que modificaram a urbe. De 1908 a 1930, o mesmo realizou 554
projetos documentados, entre os quais o prédio, hoje, ocupado pelo Museu de
Arte Ado Malagoli (MARGS), e o prédio do Hotel Majestic onde se encontra
instalada, desde 1983, a Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ). No ano de 1909,
chegou a Porto Alegre, vindo da França, o arquiteto, Maurice Gras, que assinou
o contrato para a construção do atual Palácio Piratini, cujo nome é uma
homenagem à primeira capital farroupilha.
A partir da abolição da escravatura,
que ocorreu no Rio Grande Sul, em 1884, as relações e conceitos entre trabalho
e capital passaram por transformações. O anarquismo e o socialismo surgiram na
cidade, propondo a construção de uma sociedade igualitária. Em 1906, Francisco
Xavier da Costa (1871 - 1934), primeiro negro vereador em Porto Alegre e
introdutor da ideias marxistas no meio operário, lidera, com Carlos Cavaco
(1878 -1961), a primeira greve geral no Rio grande do Sul. Esta greve reivindicava melhores condições de
trabalho e remuneração para o operariado.
Ele, também, foi responsável pela criação do jornal socialista "A
Democracia" em 1905. Durante esse
episódio, que ficou conhecido como a “Greve dos 21 dias”, foi criada a FORGS
(Federação Operária do Rio Grande do Sul).
O modelo burguês europeu do “bem viver”
era reproduzido nos espaços de lazer representados pelas confeitarias, os
cafés, hipódromos, associações carnavalescas e o tradicional “footing” da Rua
da Praia, onde os “cidadãos de bem” se exibiam com suas vestes da moda.
O footing feminino era costumeiro, na Rua
da Praia, após o chá das cinco. Ao
escurecer, assistia-se na mesma rua o trottoir de lindas mulheres, com a pecha
de “má reputação”, às quais a imprensa da época denominou de “horizontais” ou
“messalinas”. Estas eram as musas dos
jovens que frequentavam as novas faculdades nos intervalos noturnos. A boemia
era um estilo assumido. A origem da palavra é imprecisa; porém, no ano de 1830,
em Paris, já aparece com o atual significado. O nosso poeta Zeferino Brasil
(1870-1942) foi um reconhecido boêmio da cidade, como registra a dissertação de
mestrado “Espaços de sociabilidade e
memória: fragmentos da “vida pública” porto-alegrense entre os anos de 1890 e
1930”, de Luiz Antônio G. Maronese, defendida em 1992.
O cotidiano da cidade de Porto Alegre, no
seu aspecto socioeconômico, político e cultural, está impresso nos jornais que
circularam na época. Em 1910, ao
encerrar o primeiro decênio do século 20, Porto Alegre atingia o total de
110.000 habitantes e o cometa Halley, em maio, daquele ano, pôde ser observado
em sua trajetória, apavorando quanto a um possível fim do mundo. O Museu da Comunicação Social Hipólito José da
Costa, criado pelo governo do estado, em 10 de setembro de 1974, com o apoio da
Associação Riograndense de Imprensa (ARI), guarda e preserva, em sua
hemeroteca, títulos importantes destes primeiros anos da República.
No livro “Tendências do Jornalismo”, do
ilustre professor Francisco Rüdiger, encontra-se a informação de que, na virada
do século 20, havia 142 periódicos (jornais e revistas) no Rio Grande do
Sul. Entre outras publicações,
circulavam em Porto Alegre: "A
Federação" (1884 - 1937), "A
Reforma" (1869 - 1912), "Jornal
do Commércio" (1864-1911), "Correio
do Povo" (1895), "A
Gazetinha (1897 - 1900)" e "O
Independente" (1900 - 1923) e a importante "Revista Kodak" (1912-1923?). O mais antigo jornal, ainda, em
circulação, na capital, é o "Correio
do Povo" (1895), e no interior do estado é a "Gazeta do Alegrete", circulando desde 1882.
Em seus primórdios, a capital dos gaúchos
foi denominada de Porto dos Casais (1752); transformou-se em Freguesia (1772);
foi elevada a Vila (1810) e, em 1822, ganhou foros de cidade pelo imperador D.
Pedro I.
Em 15 de junho de 1836, Porto Alegre foi
retomada pelos imperiais, sob o comando do major Manuel Marques de Souza (1804-
1875), futuro Conde de Porto Alegre, após sua fuga do Presiganga
(navio-prisão), ancorado no Guaíba. Apesar dos esforços, os farroupilhas não
conseguiram invadi-la, novamente, embora a tenham sitiado, por três vezes, a
partir de Viamão (Vila Setembrina). Graças a essa resistência, Porto Alegre
recebeu de D. Pedro II, em 1841, o título de “Leal e Valorosa Cidade", que está registrado no "Brasão
da Cidade", criado pela lei n 1.030, em 22/01/1953. A lei foi assinada
pelo prefeito Ildo Meneghetti (1895-1980), sendo o responsável pelo desenho o
artista Francisco Bellanca.
Ao passar dos anos, Porto Alegre seguiu crescendo... Amada pelos gaúchos
de todas as querências, ela se tornou cosmopolita sem perder a referência de
suas origens açorianas. Parabéns !! São
243 anos de hospitalidade que se comemora, neste mês de março, na “56ª Semana de Porto Alegre”, também,
conhecida pelo epíteto “Cidade Sorriso”. Como dizia o nosso querido poeta Mário Quintana
(1906-1994): "cidadezinha cheia de
graça..."
Pesquisador e Coordenador do
Setor de Imprensa do MUSECOM*
Biblografia
CONSTANTINO, Núncia Santoro de.
A Conquista do Tempo Noturno: Porto Alegre "Moderna". Estudos
Ibero-Americanos, Porto Alegre, v. XX, n.2, p. 65-84, 1994.
FERREIRA, Athos Damasceno. Imagens Sentimentais da Cidade.
Porto Alegre: Edição da Livraria do Globo, 1940.
FLORES, Hilda A. Hübner (org). RS / Século XX em retrospectiva. Porto
Alegre: CIPEL, 2001.
FORTINI, Arquimedes. O Passado através da Fotografia. Porto Alegre:
Editora Gráfica Papelaria Andradas, 1959.
FRANCO, Sérgio da Costa.
Porto Alegre / Guia Histórico. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1988.
FRANCO, Sérgio da Costa, ROZANO Mário (org.) Porto Alegre Ano
a Ano/ Uma cronologia histórica 1732/ 1950. Porto Alegre: Letra & Vida,
GUIMARAENS
Rafael. Rua da Praia / Um passeio no tempo. Porto Alegre: Libretos, 2010.
MARTINI, Cyro. A Cidade Risonha de
Aquiles Porto Alegre / Porto Alegre Séc. XIX. Porto Alegre: Martins Livreiro,
2013.
MIRANDA, Marcia Eckert; LEITE, Carlos Roberto Saraiva da
Costa. Jornais raros do Musecom: 1808-1924. Porto Alegre: Comunicação Impressa,
2008.
PESAVENTO, Sandra Jatahy Pesavento. Uma outra Cidade / O mundo dos excluídos no final do século XIX.
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2001.
PORTO ALEGRE, Achyles.
História Popular de Porto Alegre. Porto Alegre: Prefeitura Municipal,
1940.
RÜDIGER, Francisco. Tendências do jornalismo. Porto Alegre: Editora
da UFRGS, 2003.
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