Já contamos nesse espaço algumas das histórias que escutamos através do nosso Programa de História Oral. Os relatos são múltiplos e envolvem as diversas trajetórias de vidas que se encontram na Carris. A principal característica da Companhia é a mobilidade, sendo uma empresa de transporte, os encontros e desencontros ocorrem em suas linhas de ônibus, como no passado ocorriam com os bondes. No andar do ônibus nas vias da cidade acontecem as relações que podem ser de amizade, de companheirismo ou de amor. Seria impossível relatar todas as histórias de casais que se encontraram através da Carris. Nos tempos áureos do bonde os veículos eram, além de transportes, lugares do flerte, da olhada, da piscadela e do namoro. Entre tantas histórias, relatamos aqui um pouco da trajetória de um casal que se conheceu na Carris e hoje, casados, dividem seu dia na empresa de transporte mais antiga da Capital.
Amarildo Pinho e Renata Pinho se conheceram na integração, momento que os novos funcionários são apresentados aos diversos setores da empresa, à história dessa e às tarefas que realizarão a partir de então. Amarildo já era motorista antes de entrar na Companhia, trabalhando em lotações na Capital. Já Renata iniciou sua trajetória junto ao transporte coletivo na Carris, já que antes trabalhou em bingos. Chamados na turma de 2005, Amarildo e Renata se aproximaram pela primeira vez no churrasco de confraternização realizado após dois meses de trabalho. Desde então o namoro transformou-se em casamento numa relação que já dura 6 anos. No início Renata era cobradora e chegou a trabalhar no mesmo veículo que Amarildo dirigia. No entanto, após três anos, Renata saiu da empresa e trabalhou em outro local. Contudo, não se adaptando a rotina do hospital em que atuava decidiu voltar à Companhia, agora no administrativo.
Numa relação construída no transporte coletivo e através dele, Amarildo e Renata têm como padrinhos de casamento colegas da empresa. O casamento, comemorado num restaurante da Cidade Baixa, ficou lotado pelos rodoviários na comemoração. O casal tem vários amigos no transporte coletivo, mantendo amizades que iniciaram na turma de 2005. Amarildo, no entanto, tem uma relação com a Companhia que pode ser chamada de mais antiga, já que seu pai foi cobrador da empresa no fim dos bondes e início do predomínio dos ônibus. Conhecidos por passageiros e colegas, o casal é muito querido na linha, nos terminais e em toda empresa.
Um comentário:
Eles são ótimos conselheiros, e acabaram se tornando meus padrinhos de de casamento.
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