terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A Experiência com Tróleibus

No ano de 1953 , o então Prefeito de Porto Alegre Ildo Meneghetti determinou que  a Carris estudasse uma maneira de melhorar o serviço de transporte coletivo.
A Carris era a concessionária do transporte coletivo urbano, possuindo 144 bondes dos quais 40 teriam que ser desativados e 98% dos ônibus em tráfego na cidade além de serem importados eram movidos a gasolina e nessa época não havia grande auto-suficiência nas refinarias de Petróleo nacionais.
Em agosto técnicos da Carris estudavam uma maneira de melhorar o atendimento do transporte, visto que os bondes já não eram fabricados dificultando a manutenção dos que estavam em operação. Depois de algumas viagens e pesquisas foi escolhido o "Tróleibus" (o ônibus elétrico), como veículo ideal. Após essa escolha foi decidido que Porto Alegre seria dividida em dois eixos: Zona Norte - Serviço de Bondes e Zona Sul - Tróleibus.
No dia 9 de novembro de 1954 foi aberta a concorrência para a aquisição de uma frota de 100 ônibus elétricos, participaram 14 firmas e a que  venceu foi: MARMON HERRIGTON CO. INC. ,     de Indiana, EUA.
Depois de 7 anos de espera para resolver problemas de importação, a Carris já havia gasto muito com a implantação das vias Aéreas para a circulação dos veículos, e como um grupo de empresas de SP estavam produzindo a título de experiência, Tróleibus, em 1962 a Carris adquiriu 5 unidades as quais começaram operar na linha Menino Deus e após na Linha Gasometro em 1963 foram compradas mais 4 unidades já usadas, operando até 1969. Neste ano os primeiros ônibus foram vendidos para Araraquara, SP e os últimos foram desmontados e transformados em sucata.







Retirado de um relatório que encontramos em nosso acervo abaixo os motivos pela desativação do serviço:

Os motivos da extinção do serviço de ônibus elétricos em Porto Alegre, deveram-se, entre outros, a:
A) os carros tinham defeitos de fabricação nos freios e alavancas de tomada de corrente;
B) eram fabricados para 600 volts e operavam na mesma corrente dos bondes que era de 550 volts, porém, só tarde da noite atingia esta voltagem e com isto os veículos tinham que trabalhar com os relés calçados;
C) insuficiência de veículos para atender a demanda de passageiros e com isto, perdendo a confiança do usuário.
Enquanto operaram, na Linha Menino Deus, transportaram uma média de 900 passageiros por dia e na linha Gazômetro 400.

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