<><>O transporte de uma cidade é também sua vitrine para o mundo, representação de como “anda” o cidadão urbano. Assim, a chegada dos elétricos representava a chegada da modernidade às ruas da capital. Porto Alegre podia agora fazer parte da lista de grandes cidades do mundo, estava em sintonia com a modernidade e com o progresso. Além disso, os bondes elétricos agora podiam subir com tranqüilidade as ladeiras da capital, já que com as mulas a dificuldade era tamanha que, segundo os cronistas, muitos desciam do bonde e ajudavam a empurrar, por pena dos animais.
<><>A eletricidade nas ruas do centro, durante a noite, dava a sensação de “vida noturna intensa”, o que geralmente era característico nas grandes cidades. O próprio farol de bonde durante a noite devia incitar o “ar de novidade”, já que antes o que iluminava o caminho dos bondes a tração animal eram os antigos lampiões. A cidade crescia, novos trilhos eram colocados, instalados os cabos elétricos e os velhos lampiões eram lentamente apagados, abrindo o caminho “aos agentes” do progresso.
<><>Contudo, nem tudo era alegria na inauguração, o sistema de implantação da eletricidade consumiu investimento, mão de obra e tempo. A empresa, inclusive, afirmava nos Relatórios da Diretoria (anos de 1906 a 1915, disponíveis no arquivo público), serem altíssimos os custos de instalação do novo e revolucionário sistema. Além disso, nos primeiros dias eram freqüentes as reclamações de super-lotação e de atrasos em horários. No jornal A Federeção lia-se em 11 de março de 1908, ano da inauguração dos bondes:
<><>(...) Em todo o percurso das linhas e esquinas havia gente á [sic] espera, não logrando tomar passagem. O povo da cidade, que tomava o bonde na praça da Alfândega, ia ao fim das linhas e voltava no mesmo bonde. D’est’ate, os habitantes dos arrabaldes, quer para virem a cidade quer para regressarem a cidade, perderam tempo enorme, não conseguindo a maior parte servir-se dos electricos, vendo-se obrigados a tomar carros. (...) Demorado a princípio e com esperas nos desvios, de modo a gastar-se nos eléctricos tempo quase dobrado do que se despendia anteriormente (...)
<><>Ou seja se, por um lado, os bondes eram a modernidade nas ruas, por outro lado, as dificuldades iniciais eram grandes. No entanto, não faltava o entusiasmo frente à novidade, representado nas crônicas, poemas e músicas da época. A foto que aparece é de um bonde Partenon na década de 10, na Marechal Floriano em Porto Alegre.
<><>A eletricidade nas ruas do centro, durante a noite, dava a sensação de “vida noturna intensa”, o que geralmente era característico nas grandes cidades. O próprio farol de bonde durante a noite devia incitar o “ar de novidade”, já que antes o que iluminava o caminho dos bondes a tração animal eram os antigos lampiões. A cidade crescia, novos trilhos eram colocados, instalados os cabos elétricos e os velhos lampiões eram lentamente apagados, abrindo o caminho “aos agentes” do progresso.
<><>Contudo, nem tudo era alegria na inauguração, o sistema de implantação da eletricidade consumiu investimento, mão de obra e tempo. A empresa, inclusive, afirmava nos Relatórios da Diretoria (anos de 1906 a 1915, disponíveis no arquivo público), serem altíssimos os custos de instalação do novo e revolucionário sistema. Além disso, nos primeiros dias eram freqüentes as reclamações de super-lotação e de atrasos em horários. No jornal A Federeção lia-se em 11 de março de 1908, ano da inauguração dos bondes:
<><>(...) Em todo o percurso das linhas e esquinas havia gente á [sic] espera, não logrando tomar passagem. O povo da cidade, que tomava o bonde na praça da Alfândega, ia ao fim das linhas e voltava no mesmo bonde. D’est’ate, os habitantes dos arrabaldes, quer para virem a cidade quer para regressarem a cidade, perderam tempo enorme, não conseguindo a maior parte servir-se dos electricos, vendo-se obrigados a tomar carros. (...) Demorado a princípio e com esperas nos desvios, de modo a gastar-se nos eléctricos tempo quase dobrado do que se despendia anteriormente (...)
<><>Ou seja se, por um lado, os bondes eram a modernidade nas ruas, por outro lado, as dificuldades iniciais eram grandes. No entanto, não faltava o entusiasmo frente à novidade, representado nas crônicas, poemas e músicas da época. A foto que aparece é de um bonde Partenon na década de 10, na Marechal Floriano em Porto Alegre.
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